Amores de Verão Morrem na Areia?

Amores de Verão Morrem na Areia?

Esta podia ser só mais uma típica história de paixoneta de Verão, mas não é.

Conhecemo-nos nas férias no Algarve, ele veio com uma amiga da minha prima que vivia em Londres e era Australiano.
Nunca dei grande coisa por ele. Mas comentei com ela... " Que pinta... e tem tão bom aspecto!".
Ela gozou comigo...  "Oh Ana... por favor, lá há disto em todos os cantos... esse teu deslumbramento é patético " . Talvez fosse, mas já sabemos como são estas coisas.

Já sabemos que quando os nossos olhos brilham mais é porque alguma coisa está para acontecer.

Foi num momento mais ou menos embaraçoso, depois dos banhos da praia, que dei por ele no duche, e cheirava maravilhosamente bem!

Caramba, isto tinha de parar. Ele veio com ela, ela vai embora... ele vai com ela. E não vai ficar cá. Seria ridículo pensar que ficava. Imaginar que ficava.
O melhor mesmo era não alimentar qualquer tipo de sentimento. Eram só dois dias, depois eu voltava para Lisboa, eles ficavam por lá e apanhavam o avião de volta. Tudo seria como dantes.
Claro que acabou por acontecer. Numa noite em que tínhamos de nos despachar para ir sair para jantar depois da praia, foi uma roda-viva de entra e sai do duche... e enfim... o resto foi o que se podiam esperar de 3 minutos...

Quando uma pessoa se apaixona não há grande volta a dar. Guardei o sentimento e o momento para mim.

Mas sempre que falava com ela, perguntava-lhe por ele, se havia novidades, ela ia-me contando tudo. Ria-se claro. Continuava a achar patético. Disse que quando voltasse "trazia um para mim". Ou então eu que a fosse visitar que não faltavam Australianos daqueles na rua dela.

Felizmente o ano passado eles vieram para Portugal. Felizmente pude resolver a minha paixoneta.
Hoje não vivo sem ele. São 3 minutos... milagrosos.